21 de janeiro de 2009

Ser como o rio que flui - ficha de leitura e carta endereçada ao autor, por Jorge Moleiro, 10º I, Curso Profissional de Multimédia


Identificação da obra:

Titulo e autor: “Ser Como o Rio que Flui” de Paulo Coelho
Editor, local e data de edição: Pergaminho (Mário de Moura)
Nº páginas: 239
Descrição da Capa: A capa mostra-nos um Homem em contra luz, com um rio a passar bem perto dos seus pés, com o céu nas suas costas e o sol a pôr-se. No topo tem em letras maiúsculas o nome do autor e logo por baixo o Titulo do livro. Em seguida a imagem que descrevi, e no fim cá em baixo o nome da editora.

Biobibliografia do autor:
O escritor brasileiro PAULO COELHO nasceu em 1947, na cidade do Rio de Janeiro. Antes de se dedicar inteiramente à literatura, trabalhou como director e actor de teatro, compositor e jornalista. Em 1982, editou o seu primeiro livro, Arquivos do Inferno, que não teve qualquer repercussão. Em 1985, participou no livro O Manual Prático do Vampirismo, que mais tarde mandou recolher, por considerar, segundo ele mesmo, ''de má qualidade''.Em 1986, PAULO COELHO fez a peregrinação pelo Caminho de Santiago, cuja experiência seria descrita no livro O Diário de um Mago. No ano seguinte (1988), publicou O Alquimista, que, apesar da sua lenta venda no inicio, mais tarde se transformaria no livro brasileiro mais vendido de todos os tempos. Publicou outros livros como Brida (1990), As Valkírias (1992), Na margem do rio Piedra eu sentei e chorei (1994), a colectânea das melhores colunas publicadas na Folha de São Paulo, Maktub (1994), uma compilação de textos seus em Frases (1995), O Monte Cinco (1996), O Manual do Guerreiro da Luz (1997), Veronika decide morrer (1998), O demônio e a Srta. Prym (2000), a colectânea de contos tradicionais em Histórias para pais, filhos e netos (2001), Onze Minutos (2003), O Zahir (2005), A Bruxa de Portobello (2006) e a compilação de textos Ser como o rio que flui (2006), que foi publicada em apenas alguns países.Os seus trabalhos estão traduzidos em 67 idiomas e editados em mais de 150 países.

PAULO COELHO é:
Mensageiro da Paz da ONU
Embaixador da União Europeia para o Diálogo Intercultural para o ano de 2008
Membro do Board do Instituto Shimon Peres Para a Paz
Conselheiro Especial da UNESCO para "Diálogos Interculturais e convergências espirituais”
Membro da directoria da Schwab Foundation for Social Entrepreneurship
Membro da Academia Brasileira de Letras

Dados sobre a obra:
Género Literário: São pequenas crónicas e muitas delas retiradas de livros anteriores escritos por Paulo coelho, e outras são apenas desabafos e histórias vividas por ele.
Personagens: Este livro não tem uma personagem principal, porque todas as personagem que vão aparecendo ao longo de cada crónica ou são imaginarias, ou amigos, conhecidos, pessoas com quem se cruzou ou, mais frequentemente, ele mesmo e a mulher.
Tempo e Espaço: A maioria das histórias decorre durante o dia. O local é mais difícil de descrever, pois ele conta história passadas no seu pais natal (Brasil), em países da India, América do Norte, Europa e muitas das vezes no seu moinho situado num povoado com cerca de duzentas pessoas nos Pirenéus.

Classificação do narrador: O narrador é o próprio Paulo Coelho. Na maioria das histórias é uma das personagens, porque são histórias reais vividas por ele. Mas algumas vezes ele refere-se a partes da Bíblia e outras histórias onde ele não é nenhuma das personagens. Portanto, em algumas das crónicas temos um narrador Participante, em outras temos um narrador Não Participante.

Resumo da obra: Ser como o rio que flui é um livro escrito por Paulo Coelho e que não conta uma história, mas sim várias histórias e experiências da sua vida.
É me difícil resumir este livro, porque fala de muita coisa interessante que poderia resumir em 5 linhas ou num novo livro com o tamanho do original. Ser como o rio que flui é uma experiência de vida única vivida através das letras e da leitura.Apesar de se basear muita vez em cultos religiosos, é um livro que pode ser lido até por alguém que não acredita em nenhum deus. Porque tudo o que está ali no fundo é verdade. Identifiquei-me bastante com o livro por isso, fala-nos da amizade, da morte, da vida, do futuro, do passado do presente e de Deus. Como costumo dizer: “Sou crente, mas é essa crença que me afasta do catolicismo. Graças a Deus.” Mesmo assim, e nunca tendo lido a Bíblia, revejo-me em partes do livro inspirados na Bíblia e em Deus, porque mais do que uma coisa que fala de religião, este livro fala da vida, e do seu sentido. Quem somos e para onde vamos.É impossível reter tudo aquilo que o livro diz, mas a mensagem principal diz-nos que nada nem ninguém para além de nos próprios pode viver a nossa vida. Cabe a nós decidir, bem ou mal, aquilo que queremos fazer. E que os maiores actos de coragem são aqueles que são vividos em silêncio.Aconselho este livro a toda a gente, certamente uns vão gostar outros não. Mas com certeza todos vão encontrar uma história onde se vão recriar, e reflectir em silêncio.

Posição crítica do leitor:
Como tive conhecimento desta obra: Tive conhecimento desta obra através da minha madrasta, que lê Paulo Coelho há muito tempo e que por achar que sou um pensador e uma pessoa que reflecte na vida e nas coisas me aconselhou este livro. Neste momento dou por mim a devorar os livros dele.

O que mais apreciei: O que mais apreciei foi a forma como ele encara coisas tão simples com o cortar a relva do jardim, coisas como a amizade, o amor e a morte. Também gostei da forma como cada crónica termina, sempre com uma frase de reflexão.
O que menos apreciei: Gostei de tudo neste livro. Mas apesar de ser católico, é um livro que para mim fala demasiado em Deus. Não que seja errado, porque não é. Mas não podemos acreditar todas da mesma forma. Mesmo assim é um livro que nunca deixa de fazer sentido na sua mensagem.

Selecção de um enxerto: “Muitas vezes aquilo que chamamos “experiência” nada mais é que a soma das nossas derrotas.”, “Que a morte esteja sempre sentada ao teu lado. Assim quando precisares de fazer coisas importantes, ela dar-te-á a força e a coragem necessárias.” ou “Todos nós, mais cedo ou mais tarde, vamos morrer. E só quem aceita isto está preparado para a vida.”. Peço desculpa por não conseguir escolher uma, e certamente mais escolheria se pudesse. Mas escolho estas três de entre todas as outras que poderia escolher, porque adoro pensar na vida, reflectir e sem dúvida estas frases têm esse efeito em mim. É a tal questão,” quem somos e para onde vamos?” Sei que nenhuma delas responde a isto, mas fazem-nos pensar, e encarar a vida de maneira diferente. Ter medo da morte! Porquê? Ela um dia vai vir na mesma.
Recomendação da obra a outros leitores: Simplesmente recomendo este livro porque sim! Por todas as razões e mais algumas, que já referi anteriormente. É um livro excelente para quem, tal como eu, gosta de pensar e reflectir. Se vão ler este livro e não estão minimamente interessados na sua mensagem, não vale a pena, porque assim não vai passar de um monte de letras juntas dentro de um livro.
Carta ao autor:
Ao Paulo Coelho
Um grande obrigado. Graças a si e à sua literatura, posso dizer que gosto de ler!
Tenho 17 anos e dou por mim a devorar livros seus como nunca tinha feito antes com nenhum outro livro. Adoro as suas mensagens que a meu ver dão mais que uma lição de vida e são mais que meras mensagens escritas num livro, principalmente para mim, um rapaz de tão pouca idade e ainda com tanto para aprender. Os seus livros dão-me mais qualquer coisa cá dentro que estava a faltar. No fundo ela estava cá, mas precisava de algo para carregar no botão do On.
Quero agradecer-lhe e desejar que a morte esteja sempre sentada ao seu lado, pois enquanto assim for, será sinal de que ainda vive.
Saúde, e cumprimentos de um jovem fã.
Jorge Moleiro.

P.S. Desculpe qualquer erro no sentido das frases, mas ainda sou um pequeno aprendiz a tentar aprender com os pergaminhos do seu mestre.

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